Vitória da Conquista: Famílias protestam e pedem reunião com prefeita, pelas moradias derrubadas no feriado do São João

Manifestantes do movimento. Foto: Reprodução/TV Sudoeste
No feriado do São João a Prefeitura derrubou as barracas com maquinas e homens.
Famílias que tiveram os imóveis derrubados pela prefeitura de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, protestaram pela forma como foram retiradas do local. A manifestação aconteceu na manhã de sábado (3), no Centro Cultural Glauber Rocha.
Durante o protesto, os moradores reclamaram da maneira como foram retirados do terreno, onde estavam morando de forma improvisada, em barracas de lona. Os imóveis foram derrubados na manhã do dia 24 de junho, por máquinas e trabalhadores da prefeitura.
Segunda o líder do movimento Asterra, Ednoaldo Dias, o objetivo da manifestação foi reivindicar uma reunião com a prefeita Sheila Lemos.

Ednoaldo dias Coordenador do movimento ASTERRA, disse que a prefeitura não fez o cadastro de nenhum dos moradores. Foto: Reprodução/TV Sudoeste
“Ela foi lá, destruiu tudo e o pessoal sem ter para onde ir… A gente continuou na área. Precisamos nos reunir com ela para demonstrar qual rumo devemos tomar”, comenta.
A prefeitura informou, por meio de nota, que a área onde as famílias ainda estão pertence ao município e está destinada à construção de equipamento público.
Ainda na nota, a prefeitura disse que os ocupantes estavam comercializando os terrenos, e que houve diálogo antes da desocupação.
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Famílias realizam protesto e pedem reunião com prefeita de Vitória da Conquista após terem seus barracos derrubados no feriado do São João — Foto: Reprodução/TV Sudoeste
“Pelo contrário, quando entramos na área protocolamos documentos e pedimos reunião com a prefeita. Ela falou com a gente e pediu que o chefe de gabinete nos atendesse. Ele nos atendeu e ficou alinhado que se não fosse naquele local, seria em outro”, explica.
“Passaram uns 30 dias, retornamos lá, sentamos com o procurador do município, protocolamos documentos, pedimos reunião para resolver o problema das famílias, mas não foi atendido, pelo contrário, passaram oito dias e as máquinas chegaram destruindo tudo”, relata Ednoaldo.
Segundo os moradores, ao todo são 309 famílias que vivem no local. Eles seguem no terreno e afirmam que não têm para onde ir.
“A gente construiu de novo e não vamos sair até ela decidir o que vai fazer com a gente aqui”, comenta o reciclador Willian Alves Santos.
A dona de casa Elenilza Santos também continua no terreno. Segundo ela, porque não tem para onde ir.
“Precisa dar um parecer, uma palavra com a gente, porque teve a atitude de fazer uma coisa dessas. Então que ela [prefeita Sheila Lemos] possa aparecer e conversar, para ver qual a situação da gente e o que ela pode fazer”, comenta.
A prefeitura de Vitória da Conquista não se posicionou sobre o protesto das famílias realizado, no último sábado.
*G1